Um grupo de físicos da Coreia do Sul afirma ter descoberto que as bactérias da espécie Escherichia coli têm um sistema de memória que pode ser transmitido a várias gerações.
Segundo eles, as bactérias podem armazenar e acessar informações de experiências passadas que influenciam seu comportamento atual.
O estudo, publicado na revista PNAS, mostrou que as bactérias se agrupam mais rápido e eficientemente quando expostas a baixos níveis de ferro, um fator ambiental que indica estresse.
Essa memória do ferro pode durar até quatro gerações de células-filhas, formadas pela divisão da célula-mãe.
Os pesquisadores acreditam que esse sistema de memória é baseado na epigenética, ou seja, na modificação da expressão dos genes sem alterar o DNA.
Eles também sugerem que esse sistema pode ajudar as bactérias a se adaptarem a condições adversas ou a antibióticos.
O estudo ainda não foi revisado por outros cientistas e há ceticismo sobre a veracidade das alegações.
Caso sejam confirmadas, elas podem revelar aspectos inéditos da biologia das bactérias.